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Como Criar um Algoritmo: Guia Completo para Iniciantes e Profissionais

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Introdução – Como Criar um Algoritmo: Guia Completo para Iniciantes e Profissionais

O conceito de algoritmo está no coração da programação e da ciência da computação. Eles são conjuntos de instruções lógicas e sequenciais usados para resolver problemas ou executar tarefas, formando a base de qualquer software ou aplicação. O desenvolvimento de algoritmos envolve raciocínio lógico, análise e uma boa compreensão do problema a ser resolvido, e é essencial para quem quer entrar no mundo da programação. Mas afinal, como criar um algoritmo? Como garantir que ele seja eficiente, otimizado e, principalmente, capaz de resolver problemas complexos?

Neste artigo, exploraremos em profundidade como criar um algoritmo, abordando as principais etapas, práticas recomendadas, tipos de algoritmos, técnicas de otimização e muito mais. Quer você seja um iniciante buscando entender o básico ou um programador experiente querendo aprimorar suas habilidades, este guia oferece tudo o que você precisa saber.

1. O que é um Algoritmo?

Antes de aprender como criar um algoritmo, é importante entender o que exatamente define um algoritmo. Em termos simples, um algoritmo é um conjunto finito de passos bem definidos, usados para realizar uma tarefa ou resolver um problema. Ele pode ser aplicado em diferentes áreas da ciência e tecnologia, como na matemática, na engenharia e, claro, na programação.

1.1 Definição Formal

Na computação, um algoritmo é uma sequência de passos ou instruções que levam a um determinado resultado. Ele deve ser claro, finito e eficiente. Um algoritmo é considerado eficaz quando, independentemente dos dados de entrada, ele chega a um resultado válido dentro de um tempo razoável. Os principais elementos de um algoritmo incluem:

  • Entradas: Dados necessários para que o algoritmo funcione.
  • Instruções: Passos sequenciais que processam os dados de entrada.
  • Saídas: O resultado final após a execução do algoritmo.

1.2 Importância dos Algoritmos na Programação

Os algoritmos são o núcleo de qualquer programa de computador. Eles permitem que os sistemas e aplicativos funcionem, processando informações e tomando decisões com base nas entradas recebidas. A eficiência de um software, sua rapidez e capacidade de resolver problemas complexos muitas vezes dependem da qualidade do algoritmo utilizado.

  • Exemplos de Algoritmos: Os algoritmos estão presentes em diversas áreas, desde a ordenação de dados (como nos algoritmos de ordenação, como quicksort e mergesort), até o controle de tráfego aéreo e recomendação de conteúdo em plataformas como YouTube e Netflix.

Agora que você sabe o que é um algoritmo, vamos seguir para o passo a passo de como criar um algoritmo de forma eficiente.

2. Como Criar um Algoritmo: Etapas Essenciais

Desenvolver um algoritmo eficaz exige seguir um conjunto de etapas fundamentais. Cada etapa é importante para garantir que o algoritmo seja funcional, eficiente e possa ser aplicado a diferentes tipos de problemas. Aqui está o passo a passo para criar um algoritmo do zero.

2.1 Entenda o Problema

O primeiro passo, e talvez o mais importante, é entender o problema que o algoritmo deve resolver. Se o problema não estiver claramente definido, o algoritmo pode acabar sendo incorreto ou ineficiente. Faça perguntas como:

  • Quais são os dados de entrada?
  • Qual é o resultado esperado?
  • Quais são as restrições ou limitações do problema?
  • Existem casos especiais ou exceções que precisam ser tratados?

Uma boa prática é escrever o problema de maneira clara e detalhada antes de começar a desenvolver o algoritmo. Isso ajuda a manter o foco no que realmente precisa ser resolvido e evita retrabalho.

2.2 Defina as Entradas e Saídas

Compreendido o problema, o próximo passo é definir claramente quais serão as entradas que o algoritmo precisará processar e quais serão as saídas esperadas. As entradas podem ser valores numéricos, dados textuais, imagens, entre outros. As saídas, por sua vez, podem ser o resultado final de um cálculo, um conjunto de dados ordenados ou uma decisão binária (sim ou não).

  • Entradas: O que você precisa para iniciar o algoritmo? Pode ser um conjunto de números, uma palavra ou uma lista.
  • Saídas: Qual é o resultado final que você espera? Um número? Um conjunto de dados ordenados? Uma resposta a uma pergunta?

Definir essas duas variáveis é essencial para garantir que o algoritmo funcione como esperado.

2.3 Desenvolva o Algoritmo em Passos

Depois de entender o problema e definir as entradas e saídas, é hora de desenvolver o algoritmo. Aqui, você deve listar os passos sequenciais que o algoritmo irá seguir para processar as entradas e gerar as saídas. Uma boa prática é dividir o problema em partes menores e resolver cada uma delas de maneira individual.

Aqui está um exemplo básico de um algoritmo para calcular a média de três números:

  1. Receba os três números como entrada.
  2. Some os três números.
  3. Divida a soma pelo número total de entradas (neste caso, 3).
  4. Exiba o resultado.

Este exemplo simples demonstra como o desenvolvimento de um algoritmo é estruturado com base em passos claros e lógicos.

2.4 Escolha a Estrutura de Controle Adequada

Um algoritmo eficiente precisa de estruturas de controle adequadas para gerenciar as operações de forma otimizada. As estruturas de controle mais comuns incluem:

  • Sequência: Executa uma série de instruções em ordem.
  • Seleção (condicional): Toma decisões com base em condições (por exemplo, “se” e “senão”).
  • Repetição (loops): Repete uma série de instruções até que uma condição seja atendida (por exemplo, “enquanto” ou “para”).

A escolha da estrutura de controle certa é fundamental para garantir que o algoritmo funcione conforme o esperado. Uma decisão mal projetada pode levar a loops infinitos, a um aumento no tempo de execução ou a resultados incorretos.

2.5 Teste o Algoritmo com Exemplos Simples

Depois de desenvolver o algoritmo, é importante testá-lo com exemplos simples para verificar se ele está funcionando corretamente. Use conjuntos de dados pequenos e preveja o resultado final antes de executar o algoritmo. Isso ajudará a identificar erros lógicos e a refinar o algoritmo antes de aplicá-lo em situações mais complexas.

Por exemplo, se você criou um algoritmo de ordenação de números, pode testá-lo com uma pequena lista de números desordenados e verificar se o resultado é uma lista ordenada corretamente.

2.6 Otimize o Algoritmo

A otimização é uma parte crucial do desenvolvimento de algoritmos, especialmente se o algoritmo for aplicado em um contexto onde há grandes volumes de dados ou onde a eficiência é fundamental. Alguns aspectos a serem considerados ao otimizar um algoritmo incluem:

  • Complexidade de Tempo: A quantidade de tempo que o algoritmo leva para ser executado em relação ao número de entradas. Algoritmos com menor complexidade de tempo são mais rápidos.
  • Complexidade de Espaço: A quantidade de memória que o algoritmo utiliza durante sua execução. Um algoritmo que consome menos memória pode ser mais eficiente em dispositivos com recursos limitados.

3. Tipos de Algoritmos Comuns

Existem muitos tipos de algoritmos que são amplamente usados na computação. Eles podem ser classificados com base em como resolvem problemas específicos ou em suas estruturas gerais. Aqui estão alguns dos tipos mais comuns de algoritmos:

3.1 Algoritmos de Busca

Os algoritmos de busca são usados para encontrar elementos em uma estrutura de dados, como uma lista ou um array. Eles são amplamente utilizados em diversas áreas, como recuperação de informações e navegação na web. Dois exemplos comuns de algoritmos de busca incluem:

  • Busca Linear: Procura um elemento em uma lista, verificando cada item de forma sequencial. Funciona bem para pequenas listas, mas pode ser ineficiente em grandes volumes de dados.
  • Busca Binária: Funciona dividindo a lista ordenada pela metade repetidamente até encontrar o elemento. É mais eficiente que a busca linear, mas requer que os dados estejam previamente ordenados.

3.2 Algoritmos de Ordenação

Os algoritmos de ordenação são usados para organizar elementos em uma sequência, como colocar números em ordem crescente ou decrescente. Exemplos populares incluem:

  • Bubble Sort: Compara elementos adjacentes e os troca se estiverem na ordem errada. É fácil de implementar, mas não é eficiente para grandes conjuntos de dados.
  • Quick Sort: Escolhe um elemento como pivô e divide os outros elementos em subgrupos menores, ordenando-os recursivamente. É muito mais eficiente do que o Bubble Sort.

3.3 Algoritmos de Divisão e Conquista

Os algoritmos de divisão e conquista resolvem problemas dividindo-os em subproblemas menores e depois combinando as soluções. Esses algoritmos são amplamente usados em muitos campos da ciência da computação. O Merge Sort é um exemplo clássico desse tipo de algoritmo.

3.4 Algoritmos de Grafos

Os algoritmos de grafos lidam com estruturas que modelam redes de conectividade, como estradas, sistemas de transporte ou redes de computadores. Exemplos incluem:

  • Algoritmo de Dijkstra: Utilizado para encontrar o caminho mais curto entre dois nós em um grafo com arestas de peso.
  • Busca em Largura (BFS): Explora todos os nós em um grafo de maneira ampla, visitando todos os vizinhos de um nó antes de passar para o próximo.

4. Como Representar um Algoritmo?

Existem várias maneiras de representar um algoritmo. A escolha da representação pode depender do nível de complexidade do problema e da clareza que você deseja atingir ao compartilhar seu algoritmo com outras pessoas.

4.1 Pseudocódigo

O pseudocódigo é uma representação textual de um algoritmo que usa uma linguagem próxima à linguagem humana, com a vantagem de não se prender à sintaxe de uma linguagem de programação específica. Ele é útil para descrever o funcionamento de um algoritmo de forma clara e concisa antes de implementá-lo em código real.

Aqui está um exemplo de pseudocódigo para calcular a média de três números:

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1. Receber três números como entrada: A, B, C
2. Calcular a soma: Soma = A + B + C
3. Calcular a média: Media = Soma / 3
4. Exibir a média

O pseudocódigo é especialmente útil para comunicar a lógica do algoritmo de maneira simples, sem se preocupar com a implementação específica em uma linguagem de programação.

4.2 Fluxogramas

Os fluxogramas são representações gráficas de um algoritmo, onde cada etapa é descrita por um símbolo geométrico (como retângulos e losangos), conectado por setas que mostram o fluxo de controle. Fluxogramas são particularmente úteis para visualizar a sequência de etapas e a tomada de decisões em algoritmos complexos.

  • Retângulos: Representam processos, como cálculos ou tarefas.
  • Losangos: Representam decisões, onde o algoritmo toma um caminho baseado em uma condição (verdadeira ou falsa).
  • Flechas: Indicam o fluxo de execução, mostrando o próximo passo do algoritmo.

4.3 Linguagens de Programação

Depois de definir o algoritmo em pseudocódigo ou fluxograma, o próximo passo é implementá-lo em uma linguagem de programação. Algumas linguagens de programação são mais adequadas para resolver certos tipos de problemas. Linguagens como Python, Java e C++ são populares por sua versatilidade e eficiência na implementação de algoritmos.

5. Como Avaliar a Eficiência de um Algoritmo?

Criar um algoritmo funcional é apenas o começo. Para garantir que ele funcione de maneira eficiente, é essencial avaliar sua complexidade de tempo e complexidade de espaço. Estas são métricas que indicam o desempenho do algoritmo em termos de velocidade de execução e consumo de memória.

5.1 Complexidade de Tempo

A complexidade de tempo de um algoritmo descreve a quantidade de tempo necessária para sua execução em relação ao tamanho do conjunto de dados de entrada. Ela é frequentemente expressa em notação Big-O, que descreve o pior cenário possível para o tempo de execução de um algoritmo.

Aqui estão alguns exemplos de notações Big-O comuns:

  • O(1): Constante – O algoritmo é executado no mesmo tempo, independentemente do tamanho da entrada.
  • O(n): Linear – O tempo de execução cresce linearmente com o tamanho da entrada.
  • O(log n): Logarítmica – O tempo de execução cresce em relação ao logaritmo do tamanho da entrada, como na busca binária.
  • O(n²): Quadrática – O tempo de execução cresce exponencialmente com o tamanho da entrada, como no Bubble Sort.

5.2 Complexidade de Espaço

A complexidade de espaço descreve a quantidade de memória que o algoritmo requer em relação ao tamanho dos dados de entrada. Da mesma forma que a complexidade de tempo, a complexidade de espaço também pode ser expressa usando a notação Big-O.

Algoritmos que consomem menos memória são ideais para sistemas com recursos limitados, como dispositivos móveis ou sistemas embarcados.

6. Ferramentas e Linguagens para Implementação de Algoritmos

Existem várias ferramentas e linguagens que podem ser usadas para implementar algoritmos. A escolha da ferramenta depende de fatores como o tipo de problema que está sendo resolvido, a eficiência necessária e a familiaridade com a linguagem de programação. Algumas das linguagens mais comuns incluem:

6.1 Python

O Python é uma das linguagens mais populares para implementar algoritmos, devido à sua sintaxe simples e à vasta biblioteca de suporte para tarefas complexas, como processamento de dados, aprendizado de máquina e automação. Python é amplamente utilizado em ambientes acadêmicos e profissionais para prototipar algoritmos rapidamente.

6.2 C++

O C++ é conhecido por sua eficiência em termos de tempo de execução e uso de memória, tornando-o ideal para implementar algoritmos de alto desempenho. Ele é amplamente utilizado em aplicações onde a otimização é crucial, como no desenvolvimento de sistemas operacionais, jogos e ferramentas de computação científica.

6.3 Java

O Java é uma linguagem de programação orientada a objetos, amplamente usada para criar aplicações robustas e seguras. É muito utilizada em sistemas corporativos e grandes aplicativos baseados em web. Sua máquina virtual (JVM) permite que o código seja executado em várias plataformas, e suas bibliotecas padrão oferecem suporte para a implementação de algoritmos complexos.

7. Exemplos Práticos de Como Criar um Algoritmo

Agora que você já compreende os principais conceitos, vamos a alguns exemplos práticos de como criar um algoritmo para resolver problemas do mundo real.

7.1 Algoritmo de Fatorial

O fatorial de um número é o produto de todos os números inteiros positivos de 1 até esse número. O algoritmo para calcular o fatorial pode ser escrito assim:

Pseudocódigo:

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1. Receba um número n como entrada
2. Se n for 0 ou 1, retorne 1 (caso base)
3. Caso contrário, multiplique n por fatorial de (n - 1)
4. Exiba o resultado

Esse algoritmo pode ser facilmente implementado em várias linguagens de programação, como Python ou C++.

7.2 Algoritmo de Fibonacci

A sequência de Fibonacci é uma famosa série de números onde cada número é a soma dos dois anteriores. Um algoritmo para calcular o enésimo número de Fibonacci pode ser implementado de forma recursiva ou iterativa.

Pseudocódigo (Iterativo):

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1. Receba n como entrada
2. Se n for 0, retorne 0
3. Se n for 1, retorne 1
4. Para os demais casos, calcule a soma dos dois números anteriores até alcançar n
5. Exiba o resultado

Esse algoritmo pode ser otimizado para maior eficiência, especialmente quando lidamos com valores grandes de n.

8. Considerações Finais sobre Como Criar um Algoritmo

Criar um algoritmo envolve uma combinação de lógica, análise e prática. A capacidade de desenvolver algoritmos eficientes é uma habilidade essencial para qualquer programador, cientista da computação ou engenheiro de software. Ao seguir as etapas descritas neste artigo, você poderá criar algoritmos que resolvem problemas complexos de maneira eficaz, independentemente da linguagem de programação ou do contexto em que estejam sendo aplicados.

Ao dominar a criação de algoritmos, você estará preparado para enfrentar uma ampla variedade de desafios no campo da tecnologia, desde resolver problemas de otimização até desenvolver aplicações inovadoras em áreas como inteligência artificial, análise de dados e automação.

9. Erros Comuns ao Criar um Algoritmo e Como Evitá-los

Embora a criação de algoritmos seja uma habilidade fundamental para programadores e cientistas da computação, mesmo profissionais experientes podem cometer erros durante o desenvolvimento de algoritmos. Esses erros podem resultar em ineficiências, falhas ou em um algoritmo que simplesmente não resolve o problema como esperado. A seguir, exploraremos os erros mais comuns ao criar um algoritmo e como evitá-los para garantir que o seu código seja eficaz e eficiente.

9.1 Não Compreender Completamente o Problema

Um dos erros mais frequentes no desenvolvimento de algoritmos é iniciar a implementação sem uma compreensão completa e detalhada do problema. Muitas vezes, programadores acabam assumindo que entenderam o problema e começam a criar o algoritmo antes de ter clareza sobre todos os aspectos.

  • Solução: Antes de começar a codificar, certifique-se de que compreende completamente o problema. Faça perguntas, anote os requisitos e avalie os possíveis cenários. Não hesite em rever a descrição do problema várias vezes se necessário. Use diagramas ou fluxogramas para visualizar o processo.

9.2 Ignorar Casos Especiais e Exceções

Outro erro comum é ignorar casos especiais ou exceções durante a criação do algoritmo. Muitos problemas possuem exceções, como entradas vazias, valores fora dos limites ou condições inesperadas que podem fazer o algoritmo falhar.

  • Solução: Ao desenvolver o algoritmo, sempre considere os casos extremos ou os inputs não convencionais. Crie verificações e condições que tratem entradas inválidas ou excepcionais de maneira apropriada. Isso pode incluir validar os dados de entrada ou prever como o algoritmo lidará com entradas inesperadas, como números negativos, zeros ou listas vazias.

9.3 Não Otimizar o Algoritmo

Mesmo que o algoritmo funcione corretamente, ele pode não ser otimizado em termos de tempo e espaço, especialmente ao lidar com grandes volumes de dados. O erro de não considerar a eficiência do algoritmo pode resultar em uma solução que funciona bem para pequenas entradas, mas falha ao escalar para casos maiores.

  • Solução: Avalie a complexidade de tempo e espaço do seu algoritmo durante o desenvolvimento. Use a notação Big-O para estimar o impacto do algoritmo em diferentes tamanhos de entrada e, sempre que possível, tente otimizar o código, seja através de melhores estruturas de dados ou de uma abordagem diferente (por exemplo, trocar um algoritmo de ordenação O(n²) por um O(n log n)).

9.4 Uso Inadequado de Estruturas de Controle

O uso incorreto de estruturas de controle, como loops e condições, pode levar a falhas no algoritmo ou a resultados incorretos. Um erro comum é criar loops que nunca terminam (loops infinitos) ou condições que não cobrem todos os cenários possíveis.

  • Solução: Sempre analise detalhadamente as condições de saída dos seus loops e garanta que eles irão terminar de forma correta. Para condições “se” ou “senão”, certifique-se de que todas as possibilidades de entrada foram tratadas. É útil adicionar assertivas no código para verificar se certas condições são verdadeiras ao longo do processo de desenvolvimento.

9.5 Subestimar a Importância dos Testes

Muitos desenvolvedores criam algoritmos e os consideram prontos sem realizar testes adequados. Um algoritmo pode funcionar bem para um caso específico, mas falhar em outros cenários se não for testado corretamente.

  • Solução: Sempre teste seu algoritmo com uma variedade de entradas, incluindo casos normais, extremos e entradas inválidas. Considere usar uma abordagem de testes automatizados para verificar a corretude do algoritmo em diferentes condições. Também é útil realizar testes de desempenho em entradas maiores, para verificar se o algoritmo mantém a eficiência esperada.

9.6 Duplicação Desnecessária de Códigos

Um erro comum ao criar algoritmos é a duplicação de código, que ocorre quando partes do código se repetem desnecessariamente. Isso pode tornar o algoritmo mais difícil de manter, além de aumentar o risco de erros.

  • Solução: Identifique padrões repetidos no código e extraia-os para funções ou métodos. Usar a modularização do código não só melhora a legibilidade, mas também facilita a depuração e a manutenção futura.

9.7 Má Escolha de Estruturas de Dados

A escolha inadequada de estruturas de dados pode impactar significativamente o desempenho do algoritmo. Por exemplo, usar uma lista onde uma árvore binária ou uma tabela hash seria mais apropriada pode resultar em um tempo de execução muito maior.

  • Solução: Compreenda as principais estruturas de dados e seus tempos de acesso, inserção, exclusão e pesquisa. Ao criar um algoritmo, escolha a estrutura de dados que melhor se adapta ao problema. Muitas vezes, uma pequena alteração na estrutura de dados pode melhorar drasticamente o desempenho do algoritmo.

9.8 Esquecer-se da Documentação

Outro erro comum é a falta de documentação adequada do algoritmo. Mesmo que o algoritmo seja eficiente e funcione bem, ele pode se tornar difícil de entender para outros desenvolvedores (ou para você mesmo no futuro) se não for documentado corretamente.

  • Solução: Documente claramente o que cada parte do algoritmo faz, especialmente se houver lógicas complexas ou casos excepcionais que estejam sendo tratados. Isso ajudará a garantir que o algoritmo seja compreendido por outros e facilitará a manutenção.

9.9 Complicar Demasiado o Algoritmo

Muitas vezes, programadores tentam criar soluções complexas para problemas que poderiam ser resolvidos de forma mais simples. Essa complexidade excessiva pode levar a algoritmos mais difíceis de entender, manter e depurar.

  • Solução: Sempre busque simplificar o algoritmo sem comprometer sua funcionalidade. Divida problemas complexos em subproblemas menores e mais simples. Use uma abordagem iterativa ao invés de uma solução altamente complexa de primeira.

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10. Práticas Avançadas para Criação de Algoritmos

Além de evitar erros, há várias práticas avançadas que você pode adotar para melhorar suas habilidades na criação de algoritmos. Essas práticas não apenas ajudarão a criar algoritmos mais eficientes, mas também irão aprimorar sua capacidade de resolver problemas complexos de maneira mais eficaz.

10.1 Análise Assintótica (Big-O)

A análise assintótica é uma prática avançada que ajuda a medir a eficiência de um algoritmo em termos de tempo de execução e uso de memória. Entender a notação Big-O e como calcular a complexidade de um algoritmo permite que você identifique rapidamente as áreas em que o algoritmo pode ser otimizado.

  • Exemplo: Se você desenvolver um algoritmo de busca que tem uma complexidade O(n), mas identificar que pode reduzir a busca para O(log n) usando busca binária, isso pode melhorar significativamente o desempenho em grandes conjuntos de dados.

10.2 Recursividade e Otimização

A recursividade é uma técnica poderosa que permite que um algoritmo chame a si mesmo para resolver subproblemas menores. No entanto, recursão pode levar a problemas de eficiência, como estouro de pilha ou tempos de execução mais longos, se não for usada corretamente.

  • Solução: Sempre que utilizar recursão, considere implementar a técnica de memoização, que armazena os resultados de chamadas anteriores para evitar cálculos repetidos, melhorando a eficiência do algoritmo.

10.3 Programação Dinâmica

A programação dinâmica é uma técnica avançada que resolve problemas complexos dividindo-os em subproblemas menores e resolvendo cada um apenas uma vez. Essa técnica é particularmente útil para problemas que podem ser decompostos em estados sobrepostos, como a série de Fibonacci.

  • Exemplo: Para calcular o enésimo número da sequência de Fibonacci, ao invés de usar uma abordagem recursiva que recalcula os valores repetidamente, a programação dinâmica armazena os resultados anteriores e reutiliza-os conforme necessário.

10.4 Algoritmos Gulosos (Greedy Algorithms)

Os algoritmos gulosos tomam decisões locais ótimas com a esperança de encontrar a solução global ótima. Esses algoritmos são eficientes para problemas em que uma solução ótima global pode ser construída através de soluções locais.

  • Exemplo: O algoritmo guloso para o problema da “mochila fracionária” seleciona os itens com o maior valor por unidade de peso até que a capacidade da mochila seja preenchida.

10.5 Técnicas de Divisão e Conquista

Divisão e Conquista é uma técnica fundamental que envolve a divisão do problema em subproblemas menores, a solução desses subproblemas de forma recursiva, e a combinação das soluções para formar a solução final. Essa técnica é amplamente usada em algoritmos como o Merge Sort e o Quick Sort.

10.6 Heurísticas e Algoritmos Aproximados

Para problemas onde encontrar a solução exata pode ser computacionalmente inviável (como problemas NP-completos), o uso de heurísticas ou algoritmos aproximados pode ser uma alternativa viável. Esses algoritmos não garantem a solução ótima, mas conseguem encontrar boas soluções em um tempo razoável.

  • Exemplo: O algoritmo do vizinho mais próximo é uma heurística usada no problema do caixeiro viajante, onde a solução exata pode ser muito cara de calcular para grandes conjuntos de cidades.

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